quarta-feira, 12 de novembro de 2008

China - último conteúdo para prova das 8 séries.

Organização administrativa

É o terceiro país mais extenso do globo. Atualmente está organizado administrativamente em 22 províncias, cinco regiões autônomas (Mongólia Interior, Guangxi, Tibete, Ningxia e Sinkiang), duas regiões administrativas especiais (Hong-Kong e Macau) e três municipalidades diretamente subordinadas ao poder centrar (Pequim, Xangai e Tianjin).A história da China tem cerca de 5 mil anos. No início da era cristã, o império chinês já possuia 55 milhões de habitantes.

Da dominação Imperialista aos dias atuais
Até a primeira metade do século XIX, as relações exteriores da China era restritas, devido ao desinteresse do governo em colocar o país em contato com o restante do globo. Esse comportamente contrariava os interesse dos países europeus interessados em conquistar esse mercado.
Esse comportamento só foi alterado após a Guerra do Ópio (conflito entre China e Reino Unido pelo fim do comércio ilegal de Ópio no território chinês), do qual saiu vitorioso o Reino Unido que impôs a abertura do país para o comércio exterior e obrigou os chineses a ceder a cidade de Hong-Kong.

No início do século XX (1912), chegou ao fim o império e se estabeleceu a República da China, que após muitos conflitos internos consolida-se, em 1949, como República Popular da China, sob o comando do partido comunista e de Mao Tsé-tung.
De 1949 a 1976 a política econômica desenvolve-se concentrada em obras que favoreceram o desenvolvimento social: criação de cooperativas agrícolas; investimento em educação e saúde.
Em 1978, Deng Xiaoping assumiu a liderança do país e deu início a uma série de modificações da economia visando acelerar o desenvolvimento agrícola, e industrial do país.

Nos últimos 27 anos a China tem mantido um crescimento médio superior a 9% ao ano, o que lhe tem rendido substanciais índices positivos em todos os setores. Como resultado desse crescimento sem precedentes, o país recebe, cada vez mais, substanciais investimentos externos, amplia sua participação no comércio global e expande o mercado consumidor interno, o que coloca em risco a saúde das economias mais tímidas ao seu redor.
No início do Século XXI, a China desponta como a única potência capaz de ameaçar a supremacia dos EUA e tal fato tem provocado uma reviravolta nas projeções geopolíticas e econômicas, ressaltada pela insistência com que o país é citado pela mídia ocidental.

Não lhe faltam atributos para tamanha divulgação, pois detém o maior exército do mundo, estimado em cerca de 2,5 milhões de homens; é potência nuclear; participa, como membro permanente, do Conselho de Segurança da ONU; tem a maior população do planeta, cerca de 1,3 bilhão, e, em outubro de 2003, passou a integrar o seleto número de países a enviar um astronauta para o espaço. Não bastasse isso, de acordo com dados expressos no livro China – O Renascimento do Império, da Jornalista Claúdia Trevisan, os chineses absorvem 1/3 de todo o aço produzido no mundo, quase a metade de todo o cimento e, só em Xangai, concentram-se 30% dos guindastes em operação no mundo!
Na história do Século XX, nunca um país mudou tanto em tão pouco tempo.

Como já vimos, a modernidade na China inicia-se dois anos após a morte do líder comunista Mao Tse Tung, quando Deng Xiaoping, assumiu o poder. Considerado o “arquiteto da nova China”, o líder iniciou o processo de reformas, consolidando o que se configurou chamar de “socialismo de mercado”. Uma de suas mais célebres frases pode ser considerada como o slogan da nova China “ não importa se o gato é branco ou preto, contanto que ele pegue o rato”.
Dentre as inúmeras medidas tomadas para solidificar os fundamentos do “socialismo de mercado”, a criação das Z'ees pode ser considerada a que produziu maior impacto.
—As Z'ees são áreas próximas ao litoral e demarcadas pelo governo, nas quais é permitida a entrada de capital internacional. O atrativo dessas áreas reside no fato de que o capital internacional beneficia-se pela enorme oferta de mão-de-obra, extremamente barata e disciplinada, além de incentivos fiscais altamente atrativos. Atrelada a essas vantagens, o capital internacional beneficia-se ainda da aproximação com o maior mercado potencial do mundo: a própria população chinesa.
O apelido de “país fábrica”, lhe cai muito bem. Principalmente, se considerarmos o ritmo alucinado de produção e a variedade de produtos made in China que circulam pelo mundo.

A estratégia do país fábrica em ofertar às empresas capitalistas benefícios altamente compensatórios tem um preço. Para instalar-se numa zona econômica especial, o capital internacional deve associar-se a um parceiro local, formando uma joint ventures , ou seja, uma associação entre a empresa estrangeira e uma empresa local. Além disso, em alguns setores considerados estratégicos, como o da indústria automobilística, deve comprometer-se a transferir parte de sua tecnologia para os chineses. Não é à toa que empresas como a Toyota e a General Motors acusam a China de lançar carros “piratas” no mercado.

Para manter esse rítmo de crescimento durante tanto tempo a China tem investido enormemente em educação e tecnologia. Nesse sentido, o país se prepara para ofertar não apenas mão-de-obra barata, mas também suprir as empresas que lá se instalam com profissionais altamente especializados. O investimento em educação e tecnologia tem como objetivo transformar-se em carta de alforria chinesa em busca de autonomia e auto-sustentação.

Porém aexpansão industrial transformou a China no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, perdendo apenas para os EUA, o que pressiona a alta dos preços no mercado internacional. Com isso, somam-se problemas ambientais severos, como o vertiginoso aumento na emissão de CO2, conseqüência direta do consumo exagerado de carvão e petróleo. Assim, a China tornou-se responsável pela segunda maior emissão de dióxido de carbono do globo, suplantada apenas pelos EUA. Outro problema vincula-se ao crescimento da dívida pública chinesa. Como o Estado mantém controle sobre as empresas estatais, responsáveis por empregar mais de 60 milhões de chineses, torna-se imprescindível que o Estado invista na manutenção da saúde dessas empresas, mesmo sabendo que metade delas opera no vermelho.

As questões demográficas também são preocupantes. Manter o controle sobre as taxas de crescimento populacional tem sido um ato obstinado, assegurado por uma legislação repressiva. Além disso, o deslocamento interno de população, com espantosos níveis de migração campo — cidade, preocupam muito. De acordo com pesquisas recentes, cerca de 100 milhões de chineses deixaram o campo nos últimos 4 anos para tentar a sorte nas grandes cidades. Esse deslocamento traz conseqüências perigosas, como o inchaço urbano, o déficit habitacional, a ampliação da oferta de mão-de-obra nas cidades além, de comprometer .

O futuro da China é visto com preocupação e interesse por um grande número de países.
Porém, o mais importante é o futuro da China para os chineses e, neste sentido, a preocupação reside em como os futuros governos irão reduzir as desigualdades entre campo e cidade e promover a abertura política.